ANEXO III
1. Objetivo e Campo de Aplicação
O objetivo deste Anexo é estabelecer a Especificação Técnica para a Radiotransmissão de Dados mediante Utilização do Canal Secundário de Emissora de Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada, de Retransmissão de Rádio na Amazônica Legal, de Radiodifusão Comunitária, de Radiovias e de Limitado Privado - para Autocine, doravante denominada RDS, que permite adicionar novas aplicações aos Serviços, com a implementação de funções aqui definidas.
Este documento aplica-se ao uso do canal secundário em estações de FM, RTR, RadCom, Radiovias e Autocine que operam tanto no modo monofônico como no modo estereofônico.
2. Referência
Especificação do RDS para radiodifusão sonora em VHF/FM na faixa de frequências de 88 a 108,0 MHz - EN 50067, do Comitê Europeu de Padronização Eletrotécnica – CENELEC.
3. Definições
Para os efeitos deste Anexo, os termos e as expressões aqui utilizados têm as definições e os símbolos estabelecidos a seguir.
3.1. Frequência Alternativa (AF)
É uma função que utiliza a tabela de frequências de emissoras inter-relacionadas com a emissora sintonizada, proporcionando uma comutação rápida de frequência quando há perda do sinal da emissora sintonizada e é feita em função da melhor recepção de sinal. É particularmente empregada para recepção móvel.
3.2. Data e Hora (CT)
É uma função através da qual são transmitidas data e hora locais, de modo a acertar o relógio do receptor. Ela utiliza a Hora Universal Coordenada (UTC) e o Calendário Juliano Modificado (MJD).
3.3. Identificador de Decodificação (DI)
É uma função que indica ao decodificador de áudio do receptor qual o modo de operação de áudio que está sendo transmitido, bem como se o PTY é comutado dinamicamente.
3.4. Utilização de Funções de Outras Emissoras (EON)
É uma função que possibilita a transmissão de informações relativas a estações diferentes (ON) daquela sintonizada (TN), tais como Frequências Alternativas (AF), Nome da Emissora (PS), Identificação de Informações de Trânsito (TP), Boletins de Trânsito (TA), Tipo de Programa (PTY), Identificação da Emissora (PIN) e Informações de Conexão, de forma a mantê-las sempre atualizadas no receptor. Isto é possível através do cruzamento de informações contidas nos PIs dessas outras emissoras. Assim, através da estação sintonizada, é possível a sintonia temporária das outras estações a ela referenciadas pelo EON, em situações específicas tais como:
- perda do sinal da emissora sintonizada (TN); enquanto o receptor não encontra uma frequência alternativa, ele pode selecionar uma estação (ON) a ela referenciada pelo EON utilizando as informações nele atualizadas, como por exemplo, o Tipo de Programação (PTY) ou o Número de Identificação do Programa Transmitido (PIN);
- transmissão de conteúdos previamente acordados como prioritários entre as estações referenciadas pelo EON, tais como boletins de trânsito, acessados pelo TA e pelo TP.
Finda a situação específica, o receptor retorna à estação sintonizada (TN).
3.5. Sistema de Alerta de Emergência (EWS)
É uma aplicação que permite a transmissão de códigos de alerta de emergência para receptores especiais. Os receptores convencionais não são afetados por esta aplicação.
3.6. Aplicações Internas (IH)
São aplicações utilizadas apenas pelo operador do RDS, tais como telecomando e telemetria para uso próprio.
3.7. Comutador Música/Locução (MS)
É um indicador de dois estados que informa ao receptor se o programa transmitido é música ou locução. Conforme a característica predominante do programa transmitido (locução ou música), o receptor automaticamente ajusta o volume conforme pré-programado pelo próprio ouvinte. Basicamente, esta função atua como se os receptores fossem dotados de dois controles de volume, um para locução e outro para música. Não há oscilação de volume, o ajuste ocorre conforme a característica predominante do programa como um todo.
3.8. Aplicações Abertas de Dados (ODA)
São quaisquer aplicações diversas das especificadas neste documento que permitem a transmissão de dados, através do RDS, para receptores dedicados. Os dados podem ser transportados em diversos grupos, conforme indicado na Tabela 4.
3.9. Identificador da Emissora (PI)
É um código que habilita o receptor a identificar uma emissora ou um grupo de emissoras inter-relacionadas. A identificação não é mostrada diretamente no visor do receptor e é atribuída a cada emissora individualmente ou a cada grupo de emissoras inter-relacionadas.
3.10. Número de Identificação do Programa Transmitido (PIN)
É um código que indica o início de um determinado programa e é utilizado para permitir que um receptor acione seu gravador para gravar um determinado programa pré-selecionado pelo ouvinte.
3.11. Nome da Emissora (PS)
É uma aplicação que mostra no visor de um receptor dotado do RDS a informação do nome da emissora em que está sintonizado, substituindo a frequência da estação que aparece nos receptores convencionais. Esta aplicação não é utilizada para busca automática de sintonia e não se recomenda o seu uso para informação sequencial.
3.12. Tipo de Programação (PTY)
É uma aplicação que identifica até 31 diferentes tipos de programação transmitida (ver Tabela A3 do Apêndice), indicada no visor do receptor, podendo ser utilizada para busca de sintonia. Esta aplicação poderá, também, habilitar o receptor a acionar seu gravador para gravar apenas os tipos de programação selecionados. A emissora poderá alterar o PTY de acordo com o tipo de programa transmitido.
3.13. Nome do Tipo de Programação (PTYN)
É uma aplicação utilizada para detalhar o PTY da emissora sintonizada (por exemplo, PTY=4: esporte; PTYN: futebol). O PTYN é mostrado no visor do receptor, alternadamente com o PTY. O PTYN não pode ser usado para seleção automática de PTY e nem deve ser usado para dar informação sequencial.
3.14. Radiotexto (RT)
É uma aplicação que possibilita a transmissão de texto codificado, com até sessenta e quatro caracteres, para receptores dotados de visores adequados.
3.15. Aviso de Boletim de Trânsito (TA)
É uma função do tipo liga/desliga que indica a transmissão de um boletim de trânsito e permite que o receptor comute temporariamente sua sintonia para a estação que está originando o boletim. Esta função pode ser utilizada para:
- comutar automaticamente de qualquer fonte de áudio para boletim de trânsito;
- comutar automaticamente para boletim de trânsito quando o receptor está no modo de recepção de espera, com áudio mudo;
- comutar de uma emissora para outra que esteja veiculando boletim de trânsito.
Ao final da transmissão do boletim de trânsito, o modo inicial de operação é restaurado.
3.16. Canais Transparentes de Dados (TDC)
É uma aplicação constituída de 32 canais, que permite a transmissão de quaisquer tipos de dados com finalidades específicas.
3.17. Canal de Mensagens de Trânsito (TMC)
É uma aplicação que se destina à transmissão codificada de informações sobre o trânsito.
3.18. Indicador de Informações de Trânsito (TP)
É um código que indica que a emissora sintonizada transporta informações de trânsito, o que pode ser mostrado no visor do receptor.
3.19. Emissoras Inter-relacionadas
São emissoras que integram a Lista de Frequências Alternativas umas das outras, todas possuindo o mesmo PI, caracterizando uma operação em parceria que visa o uso do RDS para a sintonia automática de suas frequências, de acordo com a melhor recepção do sinal.
3.20. Emissoras referenciadas pelo EON
São emissoras que integram um grupo de estações referenciadas pelo cruzamento de seus PIs, para fins de atualização de seus dados e, em situações específicas, para fins de sintonia temporária.
4. Características de modulação do canal
As características do canal de RDS, bem como a modulação da portadora de FM pelo canal de RDS deverão atender o estabelecido no Anexo I.
O sinal de dados gerado modula a subportadora de RDS e é adicionado aos sinais multiplexados que compõem a faixa-base do canal de FM/RTR/RadCom/Radiovias/Autocine.
4.1. Frequência da subportadora de RDS
Para transmissão estereofônica, a frequência da subportadora de RDS, de 57 kHz, será referenciada ao terceiro harmônico da subportadora piloto de 19 kHz. Sendo a tolerância da subportadora piloto de ± 2Hz, conforme este Regulamento, a tolerância da subportadora de RDS, para a transmissão estereofônica, é de ± 6 Hz.
Para transmissão monofônica, a frequência da subportadora de RDS será de 57 kHz ± 6 Hz.
4.2. Fase da subportadora de RDS
Para transmissão estereofônica, a subportadora de RDS será referenciada com o terceiro harmônico da subportadora piloto de 19 kHz. A tolerância deste ângulo de fase é ± 10o, medido na entrada do modulador do transmissor.
4.3. Nível da subportadora de RDS
O nível da subportadora de RDS deverá atender às especificações para transmissão no canal secundário contidas nestes Requisitos Técnicos.
4.4. Método de modulação
A subportadora de RDS é modulada em amplitude pelo sinal de dados codificado em duas fases e conformado espectralmente. A subportadora é suprimida. Este método de modulação é conhecido como BPSK com desvio de fase de ± 90o.
4.5. Frequência do relógio e taxa de transmissão de dados
A frequência do relógio é obtida através da divisão da subportadora de RDS por 48. Consequentemente, a taxa de transmissão de dados do sistema será de 1.187,5 bits/s ± 0,125 bit/s.
4.6. Outras especificações
As demais especificações técnicas são as estabelecidas no corpo deste Regulamento.
5. Codificação de faixa-base
5.1. Estrutura de codificação da faixa-base
A Figura 1 mostra a estrutura de codificação de faixa-base do RDS. O maior elemento da estrutura, chamado de grupo, é composto por 4 blocos de 26 bits, totalizando 104 bits. Cada bloco é composto por uma palavra de informação de 16 bits e uma palavra de verificação de 10 bits.

Figura 1: Estrutura de codificação de faixa-base do RDS
5.2. Ordem de transmissão dos bits
As palavras de informação e as palavras de verificação têm seu bit mais significativo transmitido primeiro, conforme mostra a Figura 2.
A transmissão dos dados é totalmente síncrona e não há espaços entre grupos ou blocos.

Figura 2: Formato de mensagem e endereçamento do RDS
Observações referentes à Figura 2:
1. Código PI = Código identificador da emissora = 16 bits;
2. Código do tipo de grupo = 4 bits (ver item 6.1.2);
3. B0 = código da versão do grupo = 1 bit (ver item 6.1.2);
4. TP = Código indicador de informações de trânsito = 1 bit;
5. PTY = Código do Tipo de Programação = 5 bits;
6. Palavra de Verificação + palavra agregada “N” = 10 bits adicionados para auxílio na detecção de erros e na informação da sincronização dos blocos e grupos;
7. t1 e t2: para qualquer grupo, o bloco 1 é sempre o primeiro a ser transmitido e o bloco 4 o último.
5.3. Detecção e correção de erros
Cada bloco de 26 bits contém uma “palavra de verificação”, constituída pelos 10 últimos bits, que é usada pelo receptor para a identificação e a correção de erros que ocorrem na transmissão. Esta “palavra de verificação” (c’9, c’8, c’7,...c’0, da Figura 1) é obtida da seguinte forma:
a) Multiplica-se o polinômio referente à palavra de informação por x10;
b) Obtém-se o resto da divisão (binária) do resultado do item anterior pelo polinômio gerador g(x), onde:
g(x) = x10 + x8 + x7 + x5 + x4 + x3 + 1
c) Ao resto da divisão acima, soma-se a palavra agregada d(x), que possui valores distintos para cada bloco dentro de um grupo. Estes valores estão definidos no item 2 do Apêndice.
O objetivo de somar a palavra agregada é prover ao receptor/decodificador um sistema de sincronização de grupos e de blocos. Como a adição da palavra agregada é uma operação reversível no decodificador, as propriedades do cálculo da “palavra de verificação” não serão afetadas. A palavra de verificação é transmitida no final do bloco a que ela pertence.
O código de detecção e correção de erros possui as seguintes características:
a) Detecta todos os erros de um e de dois bits dentro de um bloco;
b) Detecta qualquer erro de um bit numa sequência de 10 bits ou menos;
c) Detecta aproximadamente 99,8 % de erros que ocorrerem em sequências de 11 bits e 99,9 % para sequências maiores.
Esse código também é um corretor de erros de sequências de bits capaz de corrigir qualquer sequência de até 5 bits.
5.4. Sincronização de blocos e grupos
Os blocos contidos em cada grupo são identificados pelas palavras agregadas A, B, C ou C’, e D, adicionadas aos blocos 1, 2, 3 e 4, respectivamente, em cada grupo (ver o item 2 do Apêndice).
O início e o final dos blocos de dados podem ser reconhecidos pelo decodificador do receptor, que detecta, com alto grau de confiabilidade, erros de sincronização de blocos e mesmo outros erros. O sistema de sincronização de blocos é confiável devido à adição das palavras agregadas (que servem também para identificar os blocos dentro do grupo). Estas palavras agregadas eliminam a propriedade cíclica do código básico, de modo que, no código modificado com a adição da palavra agregada, os deslocamentos cíclicos das palavras de informação e de verificação (ver Figura 1), não dão origem a outros códigos.
6. Formato da mensagem
6.1. Identificação e endereçamento
6.1.1. Princípios
Na concepção da estrutura de endereçamento e do formato da mensagem do sistema RDS, foram levados em consideração os seguintes princípios básicos:
a) Cada grupo é dedicado, basicamente, a uma função específica, ou seja, evita-se transmitir diferentes funções em um mesmo grupo. Por exemplo: um grupo é dedicado às funções de sintonia, outro é dedicado ao radiotexto, etc. Assim, as emissoras de FM que não desejarem transmitir certos tipos de informação, não terão necessidade de gastar capacidade de canal na transmissão de grupos com blocos não utilizados. Isso possibilita repetir com mais frequência as informações de seu real interesse;
b) Informações que são repetidas mais frequentemente, e para as quais se deseja menor tempo de reconhecimento como, por exemplo, código PI, geralmente ocupam as mesmas posições dentro de qualquer grupo. Assim, estas mensagens podem ser decodificadas sem a necessidade de se analisar os outros blocos do grupo;
c) Não há um ritmo pré-estabelecido para a repetição dos grupos. Há flexibilidade para intercalar vários tipos de mensagens, de forma a atender às necessidades dos usuários e dos radiodifusores a qualquer momento, bem como para possibilitar futuras evoluções;
d) Todo grupo tem seu identificador e alguns grupos têm, quando necessário, endereçamento do conteúdo dos blocos que os compõem.
6.1.2 Características Principais
As principais características da estrutura da mensagem do RDS estão ilustradas na Figura 2 e são descritas a seguir:
1. O primeiro bloco de cada grupo sempre contém o código PI;
2. Os primeiros quatro bits do segundo bloco de cada grupo são usados para identificá-lo. Os grupos são classificados de 0 a 15, de acordo com o valor hexadecimal escrito em A3, A2, A1 e A0 (ver Figura 2), sendo que A3 é o bit mais significativo. Existem duas versões para cada tipo de grupo, especificadas pelo quinto bit (B0) do segundo bloco, conforme indicado a seguir:
a) Quando B0 = 0, o código PI é inserido somente no primeiro bloco. Esta é chamada de versão A. Por exemplo: 0A, 1A, etc, significando respectivamente: grupo 0 versão A, grupo 1 versão A, etc;
b) Quando B0 = 1, o código PI é inserido no primeiro e no terceiro blocos daquele grupo. Esta é chamada de versão B. Por exemplo: 0B, 1B, etc, significando, respectivamente: grupo 0 versão B, grupo 1 versão B, etc;
c) Qualquer combinação de grupos das versões A e B pode ser transmitida;
3. OPTY e o TP ocupam posições fixas no segundo bloco de todos os grupos;
4. Os códigos PI, PTY e TP podem ser decodificados sem referência a qualquer outro bloco. Isto é essencial para minimizar o tempo de reconhecimento.
6.1.3. Tipos de grupos
A descrição das aplicações e funções de todos os tipos de grupo e suas respectivas versões, que são especificados pelos cinco primeiros bits do segundo bloco, conforme mostrado na Figura 2, encontra-se na Tabela 1.
Tabela 1: Tipos de grupos
Grupo
|
A3
|
A2
|
A1
|
A0
|
B0
|
Sinalizado no grupo 1A
|
Descrição
|
0A
|
0
|
0
|
0
|
0
|
0
|
|
Informações para sintonia básica e comutação de frequência (ver item 6.1.5.1)
|
0B
|
0
|
0
|
0
|
0
|
1
|
|
Informações para sintonia básica e comutação de frequência (ver item 6.1.5.1)
|
1A
|
0
|
0
|
0
|
1
|
0
|
|
Número de Identificação do Programa Transmitido e Identificador de Aplicação (ver item 6.1.5.2)
|
1B
|
0
|
0
|
0
|
1
|
1
|
|
Número de Identificação do Programa Transmitido (ver item 6.1.5.2)
|
2A
|
0
|
0
|
1
|
0
|
0
|
|
Radiotexto - RT (ver item 6.1.5.3)
|
2B
|
0
|
0
|
1
|
0
|
1
|
|
Radiotexto - RT (ver item 6.1.5.3)
|
3A
|
0
|
0
|
1
|
1
|
0
|
|
Identificação de aplicações abertas de dados - AID (ver item 6.1.5.4)
|
3B
|
0
|
0
|
1
|
1
|
1
|
|
Aplicações abertas de dados - ODA (ver item 6.1.5.5)
|
4A
|
00
|
11
|
00
|
00
|
00
|
|
Data e Hora - CT (ver item 6.1.5.6)
|
4B
|
0
|
1
|
0
|
0
|
1
|
|
Aplicações abertas de dados - ODA
|
5A
|
0
|
1
|
0
|
1
|
0
|
|
Canais transparentes de dados (32 canais) - TDC ou ODA (ver item 6.1.5.8)
|
5B
|
0
|
1
|
0
|
1
|
1
|
|
Canais transparentes de dados (32 canais) - TDC ou ODA (ver item 6.1.5.8)
|
6A
|
0
|
1
|
1
|
0
|
0
|
|
Aplicações internas - IH ou ODA (ver item 6.1.5.9)
|
6B
|
0
|
1
|
1
|
0
|
1
|
|
Aplicações internas - IH ou ODA (ver item 6.1.5.9)
|
7A
|
0
|
1
|
1
|
1
|
0
|
Sim
|
Reservado para futuras aplicações
|
7B
|
0
|
1
|
1
|
1
|
1
|
|
ODA
|
8A
|
1
|
0
|
0
|
0
|
0
|
Sim
|
Canal de mensagens de trânsito - TMC ou ODA (ver item 6.1.5.12)
|
8B
|
1
|
0
|
0
|
0
|
1
|
|
ODA
|
9A
|
1
|
0
|
0
|
1
|
0
|
Sim
|
Sistema de Alerta de Emergência - EWS ou ODA (ver item 6.1.5.13)
|
9B
|
1
|
0
|
0
|
1
|
1
|
|
ODA
|
10A
|
1
|
0
|
1
|
0
|
0
|
|
Nome do Tipo de Programação - PTYN
|
10B
|
1
|
0
|
1
|
0
|
1
|
|
ODA
|
11A
|
1
|
0
|
1
|
1
|
0
|
|
ODA
|
11B
|
1
|
0
|
1
|
1
|
1
|
|
ODA
|
12A
|
1
|
1
|
0
|
0
|
0
|
|
ODA
|
12B
|
1
|
1
|
0
|
0
|
1
|
|
ODA
|
13A
|
1
|
1
|
0
|
1
|
0
|
Sim
|
Reservado para Futuras Aplicações
|
13B
|
1
|
1
|
0
|
1
|
1
|
|
ODA
|
14A
|
1
|
1
|
1
|
0
|
0
|
|
Utilização de funções de outras emissoras - EON (ver item 6.1.5.17)
|
14B
|
1
|
1
|
0
|
0
|
1
|
|
Utilização de funções de outras emissoras - EON (ver item 6.1.5.17)
|
15A
|
1
|
1
|
1
|
1
|
0
|
|
Não especificado
|
15B
|
1
|
1
|
1
|
1
|
1
|
|
Informações para sintonia básica e comutação rápida (ver item 6.1.5.19)
|
As taxas para repetição dos grupos, para algumas das principais funções do RDS, estão indicadas na Tabela 2 a seguir.
Tabela 2: Taxa de repetição dos grupos das principais funções
Funções Principais
|
Tipos de grupos que contêm estas informações
|
Taxa de repetição
por segundo
|
Identificador da Emissora (PI)
|
Todos
|
11,4 (1)
|
Tipo de Programação (PTY)
|
Todos
|
11,4 (1)
|
Indicador de Informações de Trânsito (TP)
|
Todos
|
11,4 (1)
|
Nome da Emissora (PS)
|
0A, 0B
|
1 (2)
|
Frequências Alternativas (AF)
|
0A
|
4
|
Aviso de Boletim de Trânsito (TA)
|
0A, 0B, 14B, 15B
|
4
|
Identificador de Decodificação (DI)
|
0A, 0B, 15B
|
1
|
Comutador Música / Locução (MS)
|
0A, 0B, 15B
|
4
|
Radiotexto (RT)
|
2A, 2B
|
0,2 (3)
|
Utilização de Funções de outras Emissoras (EON)
|
14A
|
Até 2 (4)
|
Observações:
1. Estes códigos são normalmente transmitidos com pelo menos esta taxa sempre que a emissora estiver em operação normal;
2. Para o envio de informações dinâmicas, recomenda-se que o PS seja atualizado com intervalo de tempo mínimo de 4 segundos;
3. Para transmitir uma mensagem de 64 caracteres, é necessário enviar 16 grupos 2A. Assim, para que uma mensagem de radiotexto seja transmitida em 5 segundos, serão necessários 3,2 grupos 2A por segundo. Para transmitir mensagens de 32 caracteres, pelo menos 3 grupos 2A ou 6 grupos 2B devem ser transmitidos a cada 2 segundos;
4. O ciclo máximo de transmissão de todas as informações relativas a todas as emissoras referenciadas pelo EON deve ser de 2 minutos.
É necessário um total de quatro grupos 0A para a transmissão do PS ou de uma parte da mensagem, quando o PS for dinâmico (ver Observação 2 da Tabela 2). Assim, o grupo 0A deverá ser transmitido pelo menos quatro vezes por segundo para que o PS inteiro seja mostrado. Se outras aplicações forem implementadas, a taxa de repetição do grupo 0A poderá ser reduzida. Porém, um mínimo de dois grupos 0A por segundo é necessário para assegurar o correto funcionamento das funções PS e AF. No entanto, receptores com a função EON podem ter sua característica de busca de sintonia afetada devido à taxa de repetição dos grupos 0. Deve ser observado que, para este caso, a transmissão do PS completo durará 2 segundos. Sob condições reais, a presença de erros fará com que o receptor demore mais tempo para decodificar todo o PS.
A combinação dos grupos para atender às taxas de repetição indicadas na Tabela 2 é mostrada na Tabela 3.
Tabela 3: Taxa de repetição dos grupos
Tipos de grupos
|
Funções
|
Proporção típica para transmissão desses tipos de grupos
|
0A ou 0B
1A ou 1B
2A ou 2B
14A ou 14B
Outros
|
PI, PS, TP, PTY, AF (1), TA, DI, MS
PI, PTY, TP, PIN
PI, PTY, TP, RT
PI, PTY, TP, EON
OUTRAS APLICAÇÕES
|
40%
10%
15% (2)
10%
25%
|
Observações:
1. Somente Grupos 0A;
2. Admitindo que os grupos 2A transmitem uma mensagem de Radiotexto de 32 caracteres, deve ser evitada uma combinação de grupos 2A e 2B (ver item 6.1.5.3).
6.1.4. Aplicações Abertas de Dados (ODA)
O conteúdo das Aplicações Abertas de Dados não é objeto desta especificação técnica.
6.1.4.1. Utilização e identificação do ODA
Existem alguns grupos em que o uso do ODA está totalmente disponível, como também existem outros grupos em que o uso do ODA está disponível sob determinadas condições. A sinalização sobre o tipo específico de grupo utilizado para ODA em qualquer transmissão é transportada no grupo 3A (ver item 6.1.5.4).
A Tabela 4 mostra os tipos de grupo e suas versões que podem ser utilizados para ODA, condicionalmente ou incondicionalmente.
Tabela 4: Disponibilidade dos grupos para ODA, sinalizada no grupo 3A
Grupo
|
Código do
Tipo de grupo
|
Disponibilidade para ODA
|
|
00000
|
Aplicação especial. Não transportado por grupo algum.
|
3B
|
00111
|
Disponível incondicionalmente
|
4B
|
01001
|
Disponível incondicionalmente
|
5A
|
01010
|
Disponível quando não usado para TDC
|
5B
|
01011
|
Disponível quando não usado para TDC
|
6A
|
01100
|
Disponível quando não usado para IH
|
6B
|
01101
|
Disponível quando não usado para IH
|
7B
|
01111
|
Disponível incondicionalmente
|
8A
|
10000
|
Disponível quando não usado para TMC
|
8B
|
10001
|
Disponível incondicionalmente
|
9A
|
10010
|
Disponível quando não usado para EWS
|
9B
|
10011
|
Disponível incondicionalmente
|
10B
|
10101
|
Disponível incondicionalmente
|
11A
|
10110
|
Disponível incondicionalmente
|
11B
|
10111
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Disponível incondicionalmente
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12A
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11000
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Disponível incondicionalmente
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12B
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11001
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Disponível incondicionalmente
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13B
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11011
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Disponível incondicionalmente
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11111
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Significado especial: Falta temporária de dados (estado do codificador).
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6.1.4.2. Estrutura dos grupos para transmissão de ODA
O ODA deve usar o formato mostrado na Figura 3 para as versões A dos grupos, enquanto para as versões B deverá utilizar o formato mostrado na Figura 4.

Figura 3: ODA para versão A dos grupos

Figura 4: ODA para versão B dos grupos
6.1.5. Codificação dos Tipos de Grupos
6.1.5.1. Grupos 0: Informações para sintonia básica e comutação de frequência
A taxa de transmissão dos grupos 0 deve ser escolhida de acordo com a Tabela 2.
A Figura 5 mostra o formato do grupo 0A e a Figura 6 o formato do grupo 0B.

Figura 5: Informações para sintonia básica e comutação de frequências ‑ Grupo 0A

Figura 6: Informações para sintonia básica e comutação de frequências ‑ Grupo 0B
O grupo 0A é transmitido sempre que existirem frequências alternativas (AF). Quando não existirem frequências alternativas, o grupo 0B pode ser transmitido sem o grupo 0A.
Existem dois métodos de codificação de AF para a transmissão das frequências alternativas, método A e método B, os quais estão apresentados no item 6.2.1.6.
Observações relativas aos grupos 0:
1. A versão B difere da versão A no conteúdo do bloco 3, na palavra agregada do bloco 3 e no bit B0;
2. Para detalhes sobre a codificação de PI, PTY e TP, ver a Figura 2 e o item 6.2.1;
3. TA: Aviso de Boletim de Trânsito (1 bit);
4. MS: Comutador Música/Locução (1 bit);
5. DI: Identificador de Decodificação (4 bits). Este código é transmitido com 1 bit em cada grupo 0 e indica o modo de operação do áudio da emissora (ver item 6.2.1.5 ). O bit mais significativo (d3) é o primeiro a ser transmitido;
6. AF: Frequências Alternativas (16 bits) - ver item 6.2.1.6;
7. PS: Nome da Emissora (8 caracteres, incluindo os espaços). Os caracteres do nome da emissora serão transmitidos em pares, como por exemplo: para uma emissora de nome “RADIO-UM”, o primeiro par de caracteres a ser transmitido será o “RA” seguido dos “DI”, “O-”, “UM”. O bit mais significativo (b7) é o primeiro a ser transmitido.
6.1.5.2. Grupos 1: Número de Identificação do Programa Transmitido (PIN) e Identificador de Aplicação
A Figura 7 mostra o formato do grupo 1A e a Figura 8 o formato do grupo 1B.
Quando o PIN for trocado, um grupo 1 deve ser repetido por quatro vezes em intervalos de 0,5 segundo. Os bits não utilizados no bloco 2 são reservados para futuras aplicações.
