6.10.1.Os valores de atenuação, referidos a 20°C, no cabo coaxial semirrígido não devem ser superiores aos apresentados nas tabelas 7a e 7b.
6.10.2.O ensaio para verificação da atenuação deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma IEC 61196-1-113.
Tabela 7a – Atenuação.
|
|
Frequências [MHz]
|
Tipo de condutor externo
|
Bitola [pol]
|
100
|
200
|
300
|
400
|
450
|
500
|
600
|
700
|
800
|
824
|
894
|
Corrugado anelar
|
1/4
3/8
1/2
5/8
7/8
1 1/4
1 5/8
2 1/4
|
4,26
3,43
2,19
1,64
1,31
0,91
0,68
0,60
|
6,11
4,90
3,16
2,35
1,88
1,32
0,99
0,88
|
7,56
6,06
3,92
2,91
2,34
1,64
1,24
1,10
|
8,81
7,06
4,57
3,39
2,71
1,93
1,46
1,30
|
9,39
7,51
4,87
3,62
2,88
2,06
1,56
1,39
|
9,93
7,95
5,16
3,83
3,05
2,18
1,66
1,48
|
11,00
8,76
5,70
4,22
3,37
2,42
1,84
1,65
|
11,90
9,52
6,20
4,59
3,66
2,64
2,01
1,81
|
12,8
10,20
6,68
4,94
3,94
2,85
2,18
1,96
|
13,00
10,40
6,85
5,02
4,01
2,90
2,22
1,99
|
13,60
10,90
7,10
5,25
4,19
3,04
2,34
2,09
|
Corrugado helicoidal
|
1/4
3/8
1/2
|
5,89
4,29
3,41
|
8,41
6,16
4,91
|
10,40
7,64
6,09
|
12,21
8,91
7,12
|
12,80
9,49
7,59
|
13,50
10,10
8,04
|
14,90
11,10
8,89
|
16,20
12,10
9,68
|
17,40
13,00
10,40
|
17,60
13,40
10,60
|
18,40
13,90
11,10
|
Liso
|
1/4
7/8
1 5/8
|
2,34
1,14
0,65
|
3,23
1,66
0,95
|
4,03
2,05
1,18
|
4,68
2,40
1,39
|
4,96
2,56
1,48
|
5,27
2,72
1,58
|
5,79
3,01
1,74
|
6,30
3,29
1,91
|
6,69
3,55
2,04
|
6,78
3,61
2,08
|
7,10
3,79
2,17
|
Liso super flexível
|
1/2
|
3,11
|
4,46
|
5,51
|
6,42
|
6,84
|
7,23
|
7,97
|
8,66
|
9,31
|
9,47
|
9,90
|
Tabela 7b – Atenuação.
|
Frequências [MHz]
|
Tipo de condutor externo
|
Bitola [pol]
|
960
|
1000
|
1700
|
1800
|
1900
|
2000
|
2200
|
2300
|
2500
|
Corrugado anelar
|
1/4
3/8
1/2
5/8
7/8
1 1/4
1 5/8
2 1/4
|
14,20
11,30
7,40
5,46
4,36
3,17
2,44
2,18
|
14,50
11,60
7,57
5,59
4,46
3,25
2,49
2,24
|
19,50
15,50
10,30
7,53
6,01
4,46
3,45
3,12
|
20,10
16,00
10,60
7,78
6,21
4,61
3,57
3,23
|
20,50
16,50
10,90
8,02
6,35
4,77
3,69
3,35
|
21,30
17,00
11,20
8,26
6,59
4,92
3,81
3,46
|
22,50
17,90
11,90
8,73
6,97
5,21
4,05
3,68
|
23,10
18,40
12,30
8,96
7,15
5,36
4,20
-
|
23,50
19,40
13,00
9,40
7,42
5,64
4,50
-
|
Corrugado helicoidal
|
1/4
3/8
1/2
|
19,10
14,40
11,60
|
19,60
14,70
11,80
|
26,10
19,90
16,00
|
26,90
20,50
16,60
|
27,72
21,10
17,10
|
28,52
21,80
17,60
|
30,10
23,00
18,60
|
31,30
24,00
19,10
|
32,50
25,10
20,10
|
Liso
|
1/4
7/8
1 5/8
|
7,40
3,93
2,27
|
7,58
4,03
2,32
|
10,13
5,43
3,30
|
10,42
5,65
3,39
|
10,71
5,83
3,48
|
11,06
5,96
3,61
|
11,67
6,30
3,82
|
12,23
6,46
4,06
|
12,54
6,86
4,20
|
Liso super flexível
|
1/2
|
10,29
|
10,52
|
14,11
|
14,57
|
14,67
|
15,46
|
16,32
|
16,74
|
17,55
|
6.11.Requisito e método de ensaio para resistência à corrosão
6.11.1.O cabo coaxial com composto vedante deve ser submetido ao ensaio de resistência à corrosão conforme a norma ANSI/SCTE 69 e não deve apresentar sinais de corrosão.
6.12.Requisito e método de ensaio para tempo de indução oxidativa (OIT)
6.12.1.O tempo de indução oxidativa a 180°C ± 0,3°C do dielétrico expandido deve ser de, no mínimo, 20 minutos, devendo ser verificado conforme o método estabelecido na norma ABNT NBR 13977. O valor obtido neste ensaio deverá ser referência para o ensaio de estabilidade térmica descrito no item 6.13 abaixo.
6.13.Requisito e método de ensaio para estabilidade térmica
6.13.1.Após envelhecimento de 14 dias a 90°C, o dielétrico expandido deve ser submetido ao ensaio de tempo de indução oxidativa a 180,0°C ± 0,3°C de acordo com o método estabelecido na norma ABNT NBR 13977. O valor de OIT obtido neste ensaio não deve ser inferior a 70% do valor de OIT de referência, obtido no ensaio do item 6.12.
6.14.Requisito e método de ensaio para escoamento do composto vedante
6.14.1.O cabo coaxial semirrígido que possui composto vedante deve ser submetido ao ensaio de escoamento e gotejamento conforme o método estabelecido na norma ABNT NBR 9149 e não deve apresentar sinais de escoamento ou gotejamento.
6.15.Requisito para mensageiro integrado
6.15.1.Quando o cabo coaxial semirrígido possuir mensageiro integrado, este deverá ser constituído por um fio ou cordoalha de aço galvanizado.
6.15.2.A verificação dos requisitos deve ser feita no fio singelo ou fio elementar da cordoalha e atender aos requisitos da norma ASTM A641/A641M-19, class 1, hard temper para:
a) Diâmetro;
b) Carga de ruptura;
c) Camada de zinco;
d) Aderência da camada de zinco.
6.15.3.Para a medição do diâmetro deverá ser utilizado paquímetro ou micrômetro com resolução metrologicamente adequada e serem tomadas duas medidas perpendiculares de uma mesma seção transversal, sendo anotada a média aritmética dos valores obtidos.
7.ORIENTAÇÕES GERAIS
7.1.A regulamentação vigente, que estabelece os requisitos, critérios de formação de famílias e procedimentos de ensaios para certificação deve ser observada durante todo o processo de certificação e homologação.
7.2.Quaisquer dúvidas quanto a sua aplicabilidade devem ser levadas à consideração da Gerência de Certificação e Numeração da Anatel antes do início do processo de certificação e homologação.
7.3.Para cabos não previstos na regulamentação vigente, antes de dar início ao processo de certificação, a Gerência de Certificação e Numeração da Anatel deve ser consultada.
7.4.Para os cabos homologados antes da entrada em vigor deste documento, aplicam-se os seguintes princípios, descritos na regulamentação vigente:
7.4.1.Para os cabos homologados, as orientações deste documento devem ser observadas por ocasião da manutenção da certificação do produto.
7.4.2.As orientações deste documento devem ser observadas sempre que ocorrer a emissão de novo certificado de conformidade técnica pelo Organismo de Certificação Designado (OCD).
7.5.No caso de produtos fabricados em regime de OEM (Original Equipment Manufacturer, Fabricante Original de Equipamento) que deem origem a novos requerimentos de homologação, o processo de certificação deve estar adequado às disposições deste documento.
7.6.Para os produtos fabricados em regime de OEM, os novos requerimentos devem estar adequados a este documento mesmo que o período de manutenção da certificação inicial ainda não tenha vencido.
8.AMOSTRAGEM DO CABO COAXIAL
8.1.
Devem ser apresentadas para ensaios completos pelo menos uma amostra de cabo com o maior diâmetro e uma com o menor diâmetro de cada família de cabos a serem certificados, sendo que os ensaios efetuados nessas amostras serão válidos para os demais cabos da mesma família cujos diâmetros estejam compreendidos dentro da faixa resultante.
8.1.1.Devem ser realizados ensaios completos nos cabos de maior e menor diâmetro que representam a família.
8.2.
Caso uma família de cabos para certificação inclua cabos com características opcionais ou especiais, deverão ser fornecidas amostras adicionais, suficientes para a realização dos ensaios específicos correspondentes.
8.3.
Caso um determinado cabo possua jaqueta ou capa externa distintas para aplicação em áreas internas e áreas externas, deverão ser apresentadas para ensaios duas amostras deste cabo com as referidas capas. Em uma amostra serão realizados os ensaios completos e em outra os ensaios aplicáveis ao material da jaqueta e capa externa, de acordo com o estabelecido nas tabelas 8 e 9.
8.4.
Caso um determinado cabo possua jaqueta ou capa externa de cores distintas para aplicação em área interna, o interessado deve declarar formalmente que o material base, sem corante, utilizado na fabricação da amostra submetida a ensaio será mantido assim como suas características frente à chama.
8.5.
Caso um determinado cabo possua jaqueta ou capa externa de cores distintas para aplicação em área externa, todos os cabos de cores distintas devem ser submetidos ao ensaio de intemperismo.
8.6.
Os ensaios do mensageiro integrado devem ser realizados em todos os diâmetros utilizados na família. Caso um determinado diâmetro seja utilizado em uma ou mais famílias de cabos não é necessário repetir os ensaios do mensageiro para cada família.
8.7.
As amostras de cabo apresentadas para ensaios devem ter lance de, no mínimo, 100 m e ter suas extremidades preparadas com conectores.
8.8.
Quando os ensaios forem realizados em laboratórios distintos, as amostras deverão ser retiradas de cabos de um mesmo lote.
8.9.
Para os ensaios específicos das capas externas as amostras de cabos a serem apresentadas para ensaios deverão ter o lance especificado de comum acordo entre o laboratório e o interessado.
8.10.
No caso de reteste decorrente de não conformidades encontradas nos ensaios ou inclusão de cabo similar em uma mesma família, a amostra poderá ser retirada de lote diferente da amostra original.
8.10.1.Neste caso, o especialista do OCD deve avaliar a amostra e descrever esta avaliação no relatório de avaliação da conformidade técnica, indicando claramente que a nova amostra tem as mesmas características da amostra do lote original.
8.11.
No caso de alteração dos requisitos específicos do cabo que levem à necessidade de nova avaliação da conformidade, poderá ser utilizada amostra de lote diferente daquela usada na certificação inicial, desde que os procedimentos usados na avaliação da conformidade inicial estejam adequados a este documento.
8.11.1.O item 8.10.1 também deve ser observado neste caso.
8.12.
A amostra do cabo encaminhada para os ensaios deve ter impressa, na capa, a identificação ou, quando aplicável, a designação do produto, bem como: nome/identificação do fabricante (detentor da tecnologia) e/ou marca comercial do fabricante (detentor da tecnologia) e/ou marca comercial do requerente da homologação, quando devidamente autorizado pelo fabricante (detentor da tecnologia), a identificação do lote de fabricação e a classificação de retardância a chama, conforme o item 6.1.4.
8.12.1.O cabo comercializado deve ter impressa na capa, em intervalos não superiores a 5 m, as mesmas informações previstas no item 8.12, bem como a identificação de homologação, conforme item 10 abaixo.
8.12.2.Se ensaios para manutenção do certificado de conformidade forem necessários, as amostras do cabo encaminhada para os ensaios de manutenção devem atender ao disposto no subitem 8.12.1.
8.13.
Não serão considerados válidos, para fins de certificação e homologação, ensaios realizados em materiais de um modelo de cabo para certificação de outro de família diferente.
9.ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
9.1.No caso de uma família de produtos possuírem cabos com diferentes tipos de comportamento frente à chama, uma amostra deverá ser submetida a todos os ensaios previstos para o produto.
9.2.Para os outros cabos com comportamentos frente a chama distintos, todos os ensaios referentes à capa deverão ser refeitos, conforme tabelas 8 e 9.
9.3.No caso de uma família de produtos possuírem cabos com outros tipos de revestimento externo, uma amostra de cada cabo deverá ser submetida a todos os ensaios referentes a esta alteração, conforme tabelas 8 e 9.
9.4.Para produtos que apresentarem não conformidade em algum ensaio e houver qualquer alteração no processo produtivo ou no produto que implique em uma nova amostra, esta deverá ser submetida ao ensaio no qual a primeira amostra foi reprovada e a todos os ensaios referentes àquela alteração, conforme tabelas 8 e 9.
Tabela 8 – Relação de ensaios a serem refeitos.
|
Ensaios a serem refeitos
|
Materiais ou partes do cabo coaxial cujos requisitos específicos não foram atendidos ou que sofreram alteração no processo de fabricação ou no produto
|
Elétricos
|
Transmissão
|
Capa
|
Condutor interno
|
Condutor externo
|
Dielétrico
|
Mensageiro
|
Composto vedante
|
Capa (revestimento externo)
|
|
|
X
|
|
|
|
|
|
Condutor interno (central)
|
X
(ver nota 1)
|
X
|
|
X
|
|
|
|
|
Condutor externo (blindagem)
|
X
(ver nota 1)
|
X
|
|
|
X
|
|
|
|
Dielétrico
|
X
(ver nota 2)
|
X
|
|
|
|
X
|
|
|
Mensageiro
|
|
|
|
|
|
|
X
|
|
Composto vedante
|
|
|
|
|
|
|
|
X
|
Nota 1: Reensaiar SOMENTE resistência elétrica
Nota 2: Reensaiar SOMENTE rigidez dielétrica
Tabela 9 - Descrição dos ensaios.
Requisitos específicos
|
Ensaios elétricos
|
|
Ensaios de transmissão
|
-
Atenuação
-
Impedância
-
Velocidade de propagação
-
Perda de retorno
|
Ensaios no condutor interno
(central)
|
|
Ensaios no condutor externo
(blindagem)
|
|
Ensaios na capa
(revestimento externo)
|
-
Densidade
-
Diâmetro sobre a capa
-
Ovalização
-
Tração à ruptura do material da capa externa (original)
-
Alongamento mínimo do material da capa externa (original)
-
Envelhecimento do material da capa externa
-
Alongamento mínimo do material da capa externa (envelhecido)
-
Tração à ruptura do material da capa externa (envelhecido)
-
Intemperismo
-
Resistência à baixa temperatura
-
Coeficiente de absorção
-
Teor de negro de fumo
-
Comportamento frente à chama
|
Ensaios no dielétrico
|
-
Excentricidade
-
Indução Oxidativa (OIT)
-
Estabilidade Térmica
|
Ensaios no mensageiro
|
|
Ensaios no composto vedante
|
|
10.IDENTIFICAÇÃO DA HOMOLOGAÇÃO
10.1.A marcação do selo ANATEL e a identificação do código de homologação devem ser apresentadas na embalagem externa do produto, em conformidade com a regulamentação vigente. Também podem ser utilizados, opcionalmente, meios de impressão gráfica nos catálogos dos produtos ou na documentação técnica pertinente.
10.2.Adicionalmente, conforme o procedimento operacional para marcação da identificação da homologação Anatel em produtos para telecomunicações, anexo ao ato nº 4088, de 31 de julho de 2020, deve ser impressa de forma legível na capa externa dos cabos, ao longo do seu comprimento, a identificação alfanumérica da homologação do produto, em uma das seguintes formas:
a) ANATEL HHHHH-AA-FFFFF; ou
b) ANATEL: HHHHH-AA-FFFFF.
Onde:
HHHHH – identifica a homologação do produto por meio de numeração sequencial com 5 (cinco) caracteres;
AA – identifica o ano de emissão da homologação com 2 (dois) caracteres numéricos;
FFFFF – identifica o fabricante do produto com 5 (cinco) caracteres alfanuméricos.