4. DESCRIÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS METAS DE UNIVERSALIZAÇÃO – METODOLOGIA UTILIZADA
Visando a garantir o efetivo cumprimento das metas impostas pelo PGMU, a EMBRATEL desenvolveu metodologia capaz de identificar todas as localidades da sua área de concessão (todo o território nacional), que se enquadrassem na meta imposta pelo artigo 12 do citado ditame, abaixo expresso:
“Art 12 – Cada localidade ainda não atendida pelo Serviço Telefônico Fixo Comutado deverá dispor de pelo menos um Telefone de Uso Público, instalado em local acessível vinte e quatro horas por dia, com capacidade de originar e receber chamadas de longa distância nacional e internacional, observando o seguinte cronograma.
(...)
III – até 31 de dezembro de 2003, todas as localidades com mais de trezentos habitantes
(...)
§2o A responsabilidade pelo cumprimento do disposto neste artigo, para localidade situada a distância geodésica superior a trinta quilômetros de outra, atendida com Serviço Telefônico Fixo Comutado com acessos individuais, será da Concessionária de Longa Distância Nacional e Internacional, a quem incumbirá, ainda, o atendimento às populações situadas em regiões remotas ou de fronteira.
4.1. Criação de Base de Dados
Tal metodologia encontra seu estágio inicial na coleta de informações, coleta esta realizada em diversas fontes, visando estabelecer uma base de dados confiável, como passamos a descrever:
4.1.1. Levantamento de bases cadastrais públicas
O processo de criação do cadastro de localidades iniciou-se com o levantamento e análise das informações mais atuais disponibilizadas pelos seguintes órgãos oficiais:
· IBGE- Censo 96 e Malha Municipal 97
Através destes instrumentos, associado a utilização do software Arcview (Fabricante: ESRI, Versão: 3.2), foi possível mapear as diversas localidades do Censo 96, e diversas outras novas localidades e identificar as suas respectivas coordenadas geográficas se fosse o caso, possibilitando a análise do potencial da localidade em receber o TUP.
· INCRA
Até 30/09/2001, o Instituto Nacional de Reforma Agrária tinha enviado uma base de dados relativos a 1890 assentamentos. Esta base contém informações do nome dos assentamentos, as respectivas coordenadas geográficas, população, nome do Município, e UF.
4.1.2 Consulta às Prefeituras
Ciente da insuficiência de dados e da necessidade de complementar e atualizar as bases de dados oficiais disponíveis, através de um levantamento sistemático e abrangente a EMBRATEL, desenvolveu um processo de levantamento de dados, visando identificar com clareza as localidades candidatas ao TUP.
Assim, para reforçar o cadastro formado até então, foi realizado um levantamento específico e detalhado junto a todas as Prefeituras do território nacional.
Tal processo foi efetuado em três fases distintas, a seguir demonstradas:
· Etapa 1- Projeto Piloto
O “Projeto Piloto Prefeituras” objetivou testar e validar a metodologia de pesquisa elaborada pela EMBRATEL. Tal etapa se baseou no envio de mala direta e na utilização do Call Center da Embratel (BrasilCenter) para interagir com 300 prefeituras, escolhidas estatisticamente. Assim foi solicitado aos Prefeitos informações sobre as localidades não atendidas pelo STFC com acesso individual, tais como, população, nome oficial, distância em quilômetro desta localidade para a localidade mais próxima com STFC com acesso individual, entre outras informações relevantes. O resultado do Projeto Piloto foi estatisticamente relevante, o que levou à Embratel a aplicá-lo de forma mais abrangente em todo o Território Nacional.
· Etapa 2- Consulta as 1272 Prefeituras descobertas restantes
A partir da base de dados da EBT/Telebrás/97 de Localidades providas com STFC de acesso individual e fazendo uso da base do Censo 96 (que contém 5507 municípios), identificou-se as respectivas coordenadas geográficas, o que permitiu a sua identificação espacial e a plotagem das mesmas no mapa do Brasil.
Desta forma, utilizando-se de um software de geoprocessamento específico (Arcview) traçou-se circunferências de raio de 30km a partir dessas Localidades com STFC de acesso individual, gerando assim, inúmeras circunferências, o que possibilitou identificar os municípios brasileiros totalmente cobertos por elas e os municípios com áreas descobertas (fora da abrangência do raio de 30km de um STFC com acesso individual) – os municípios “alvo”.
Para todos os municípios com áreas descobertas, decidiu-se por enviar cartas às respectivas Prefeituras, afim de investigá-las, pois essas áreas descobertas poderiam conter localidades que estivessem dentro da obrigação da Embratel para instalação de TUP.
Os demais municípios, foram descartados da pesquisa nesta etapa, pois foi verificado que os mesmos não possuem localidades com distância geodésica superior a 30km de uma outra com STFC de acesso individual.
Tal levantamento consistiu no envio de 1302 cartas que continham formulário elaborado exclusivamente para este fim, acompanhado de um mapa georreferenciado, sendo tal material enviado com AR (aviso de recebimento), para que a EMBRATEL pudesse monitorar o recebimento e resposta das correspondências.
Para dar suporte a essa ação contou-se com a atuação da empresa de Call Center da Embratel (BrasilCenter) que disponibilizou os recursos necessários para auxiliar as prefeituras a preencher os formulários e no esclarecimento de eventuais dúvidas.
· Etapa 3 – Correspondência para todos os Municípios, Estados e órgão estaduais de defesa do consumidor do País
Visando atender ao disposto na Resolução no 280, a EMBRATEL enviou correspondência (com o respectivo AR – Aviso de Recebimento) para todas as Prefeituras , Governos Estaduais e do D.F. e órgãos estaduais de defesa do consumidor do País, informando da sua intenção de cumprir antecipadamente as metas relativas a 2003, assim como estabelecendo um prazo de 1 (um) mês para a manifestação (através de carta, fax, e-mail ou telefone) de possíveis interessados.
4.1.3 O Comunicado nos Jornais
Procurando ser o mais transparente possível e, visando ainda, atender ao disposto na Resolução no 280, a EMBRATEL publicou anúncio em todos os jornais de grande circulação do País, em todas as Unidades da Federação, explicando o seu objetivo e abrindo mais um canal para novas solicitações (que poderiam ser enviadas por e-mail, carta, fax ou o serviço de 0800 - Call Center) de possíveis interessados.
4.2 Instalação dos Telefones de Uso Público (TUP)
Após exaustivo trabalho de análise e cadastro de todos os dados levantados (processo iniciado em 1999 visando o cumprimento das metas de universalização daquele ano), acrescidas das informações recebidas em função das correspondências enviadas e anúncios de jornais publicados (itens 4.1.2 – Etapa 3 e 4.1.3 da presente Declaração), tomou forma, então, a inédita base de dados da qual gerou-se um relatório da localidades candidatas a receber o TUP (Telefone de Uso Público) da EMBRATEL.
Vale dizer que tal base de dados é dinâmica, sendo alimentada por novos dados enviados para a EMBRATEL, visando a continuidade do processo de universalização.
4.2.1 Site Survey
Todas as localidades candidatas a receber TUP foram visitadas pela EMBRATEL com objetivo de produzir um relatório (site Survey) que comprovasse a real necessidade de instalação do TUP. Caso a localidade se enquadrasse nos parâmetros ditados pelo PGMU o relatório traria as informações necessárias para a sua instalação dos TUPs.
4.2.2 Instalação dos TUPs
Uma vez produzidos os relatórios sobre todas as “Localidades alvo”, a EMBRATEL passou a instalar os Telefone de Uso Público em tais Localidades, tendo concluído tal etapa em 12 de novembro de 2001.
Neste sentido foram instalados Telefones de Uso Público – TUP, atendendo 1001 Localidades, conforme lista em anexo (Anexo I – Lista de Localidades atendidas).
DESCRIÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS METAS DE EXPANSÃO
5. DESCRIÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS METAS DE EXPANSÃO
5.1 Serviço Telefônico Fixo Comutado – Modalidade Longa Distância Nacional
De acordo com o estipulado no Contrato de Concessão PBOG/SPB No. 89/98 – ANATEL, Capítulo XV – Dos Direitos , Garantias e Obrigações da Concessionária, Cláusula 15.10, a EMBRATEL desenvolveu os esforços necessários para a expansão de sua rede de fibras ópticas, assegurando, ao mesmo tempo, a manutenção de todos os elementos que compõem a estrutura da rede, em conformidade com os parâmetros de qualidade e disponibilidade especificados.
Consoante com as orientações registradas nos Parágrafos 1º e 2º da Cláusula 15.10 do Contrato de Concessão, informamos que as Capitais dos Estados da Federação encontram-se interligadas por rotas de fibras ópticas, exceto as que se seguem, para as quais prestamos os esclarecimentos necessários quanto à forma de atendimento, em ambos os casos por meios digitais:
a) Manaus, Porto Velho e Cuiabá – atendimento por meio de Rotas via Satélite e Rádio Digital;
b) Rio Branco, Boa Vista e Macapá - atendimento por meio de Rotas via Satélite.
Por outro lado, fazendo referência ao Anexo 03 do Contrato de Concessão, informamos que todas as Rotas Ópticas ali relacionadas foram implantadas, de modo que a Rede Nacional encontra-se atualmente com elevado grau de segurança, garantida pela adoção da tecnologia de operação com Anéis Óticos, associados a alternativas que contemplam a utilização de
Sistemas Radio Digitais.
5.2 Serviço Telefônico Fixo Comutado – Modalidade Longa Distância Internacional
No que se refere aos compromissos para expansão e conformidade dos cabos submarinos e terrestres internacionais constantes do Anexo 03 – Rotas Ópticas, do Contrato de Concessão PBOG/SPB No. 90/98 – ANATEL, e em consonância com o estipulado em sua Cláusula 15.9, Capítulo XV – Dos Direitos, Garantias e Obrigações da Concessionária, informamos que as metas ali estipuladas foram cumpridas, encontrando-se a Rede Internacional integralmente adequada aos parâmetros de configuração desenhados à época da assinatura do Contrato de Concessão.