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CONSULTA PÚBLICA Nº 8
    Introdução

    Consulta pública referente a alteração de requisitos técnicos para avaliação da conformidade de cabo de transmissão de dados com condutor flexível ou sólido - categorias 7, 7A e 8 com capacidade de quatro pares e categorias 3, 5e, 6 e 6A com capacidade de dois ou quatro pares.

    Além de promover a atualização dos requisitos, a presente proposta de consulta pública contempla também a alteração do modo de publicação dos requisitos de cabos de dados que atualmente estão disponíveis na Listas de Requisitos Técnicos publicada na página da Internet da Agência. Conforme define o § 2º do Art. 22 do Regulamento para Avaliação da Conformidade e Homologação de Produtos para Telecomunicações, os requisitos devem ser publicados por meio de Ato pela SOR.

    Considerando que o formato de publicação atual não atende ao especificado no Regulamento para Avaliação da Conformidade e Homologação de Produtos para Telecomunicações, a publicação de tais requisitos em formato de Ato aprovado pela SOR se alinha à regulamentação vigente.





    MINUTA DE ATO

    O SUPERINTENDENTE DE OUTORGA E RECURSOS À PRESTAÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pela Portaria nº 419, de 24 de maio de 2013, e

    CONSIDERANDO a competência dada pelos Incisos XIII e XIV do Art. 19 da Lei nº 9.472/97 – Lei Geral de Telecomunicações;

    CONSIDERANDO que os Requisitos Técnicos estabelecem os parâmetros e critérios técnicos verificados na Avaliação da Conformidade de um ou mais tipos de produto para telecomunicações, nos termos do art. 22 do Regulamento para Avaliação da Conformidade e Homologação de Produtos para Telecomunicações, aprovado pela Resolução nº 715, de 23 de outubro de 2019;

    CONSIDERANDO o constante dos autos do processo nº 53500.054018/2021-90;


    RESOLVE

    Art. 1º  Aprovar os requisitos técnicos para avaliação da conformidade de cabo de transmissão de dados com condutor flexível ou sólido - categorias 7, 7A e 8 com capacidade de quatro pares e categorias 3, 5e, 6 e 6A com capacidade de dois ou quatro pares, na forma do anexo a este Ato.

    Art. 2º  Este Ato entra em vigor no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da data de sua publicação no Boletim de Serviços Eletrônicos da Anatel.


    ANEXO

    REQUISITOS TÉCNICOS PARA CABO DE TRANSMISSÃO DE DADOS COM CONDUTOR FLEXÍVEL OU SÓLIDO


    1.OBJETIVO

    1.1.Estabelecer os requisitos mínimos a serem demonstrados na avaliação da conformidade e homologação, junto à Agência Nacional de Telecomunicações, dos seguintes tipos de cabo de transmissão de dados com condutor flexível ou sólido:

    1.1.1.Categorias 7, 7A e 8 com capacidade de quatro pares; e

    1.1.2.Categorias 3, 5e, 6 e 6A com capacidade de dois ou quatro pares.


    2.REFERÊNCIAS

    2.1.Neste documento são adotadas as seguintes referências:

    2.1.1.ABNT NBR 5111:1997 – Fios de cobre nus, de seção circular, para fins elétricos - Especificação;

    2.1.2.ABNT NBR 6810:2010 – Fios e cabos elétricos - Tração à ruptura em componentes metálicos;

    2.1.3.ABNT NBR 6814:1986 – Fios e cabos elétricos - Ensaio de resistência elétrica;

    2.1.4.ABNT NBR 9130:2009 – Fios e cabos telefônicos - Ensaio de desequilíbrio resistivo;

    2.1.5.ABNT NBR 9138:2015 – Cabos telefônicos - Ensaio de desequilíbrio capacitivo - Método de ensaio;

    2.1.6.ABNT NBR 9141:1998 – Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos - Ensaio de tração e alongamento à ruptura - Método de ensaio;

    2.1.7.ABNT NBR 9145:2008 – Fios e cabos telefônicos - Ensaio de resistência de isolamento;

    2.1.8.ABNT NBR 9146:2012 – Fios e cabos para telecomunicações - Tensão elétrica aplicada - Método de ensaio;

    2.1.9.ABNT NBR 9148:1998 – Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos - Ensaio de envelhecimento acelerado - método de ensaio;

    2.1.10.ABNT NBR 14703:2012 – Cabos de telemática de 100Ω para redes internas estruturadas - Especificação;

    2.1.11.ABNT NBR 14705:2010 – Cabos internos para telecomunicações - Classificação quanto ao comportamento frente à chama;

    2.1.12.ABNT NBR NM IEC 60811-1-1:2001 – Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de cobertura de cabos elétricos Parte 1: Métodos para aplicação geral - Capítulo 1: Medição de espessuras e dimensões externas - Ensaios para a determinação das propriedades mecânicas;

    2.1.13.ANSI/TIA-568-C.2:2009 – Balanced twisted-pair telecommunications cabling and components standards;

    2.1.14.ANSI/TIA-568.2-D:2018 – Balanced twisted-pair telecommunications cabling and components standards;

    2.1.15.ANSI/ICEA S-102-732:2009 – Standard for category 6 and 6A, 100 Ohm individually unshielded twisted pairs, indoor cables (with or without an overall shield) for use in LAN communication wiring systems - Technical requirements;

    2.1.16.ANSI/ICEA S-118-746 (draft) – Standard for category 8, 100 ohms indoor cables for use in LAN communication wiring systems;

    2.1.17.ASTM D 3349:2017 – Standard test method for absorption coefficient of ethylene polymer material pigmented with carbon black;

    2.1.18.ASTM D 4565:2015 – Standard test methods for physical and environmental performance properties of insulations and jackets for telecommunications wire and cable;

    2.1.19.ASTM D 4566:2014 – Standard test methods for electrical performance properties of insulations and jackets for telecommunications wire and cable;

    2.1.20.ASTM G 155:2021 – Standard practice for operating xenon arc light apparatus for exposure of non-metallic materials;

    2.1.21.IEC 60603-7:2011 – Connectors for electronic equipment - Part 7: Detail specification for 8-way, unshielded, free and fixed connectors;

    2.1.22.IEC 60603-7-1:2002 – Connectors for electronic equipment - Part 7-1: Detail specification for 8-way, shielded free and fixed connectors;

    2.1.23.IEC 60603-7-7:2002 – Connectors for electronic equipment - Part 7-7: Detail specification for 8-way, shielded, free and fixed connectors, for data transmission with frequencies up to 600 MHz;

    2.1.24.IEC 60603-7-71:2010 – Connectors for electronic equipment - Part 7-71: Detail specification for 8-way, shielded, free and fixed connectors, for data transmission with frequencies up to 1 000 MHz;

    2.1.25.IEC 60607-3-81:2015 – Connectors for electronic equipment - Part 7-81: Detail specification for 8-way, shielded, free and fixed connectors, for data transmissions with frequencies up to 2 000 MHz;

    2.1.26.IEC 60607-3-82:2016 – Connectors for electronic equipment - Part 7-82: Detail specification for 8-way, 12 contacts, shielded, free and fixed connectors, for data transmission with frequencies up to 2 000 MHz;

    2.1.27.IEC 61076-3-104:2017 – Connectors for electrical and electronic equipment - Product requirements - Part 3-104: Detail specification for 8-way, shielded free and fixed connectors for data transmissions with frequencies up to 2 000 MHz;

    2.1.28.IEC 61076-3-110:2016 – Connectors for electronic equipment - Product requirements - Part 3-110: Detail specification for free and fixed connectors for data transmission with frequencies up to 3 000 MHz;

    2.1.29.IEC 61156-1:2007 + Amendment 1:2009 – Multicore and symmetrical pair/quad cables for digital communications - Part 1: Generic specification;

    2.1.30.IEC 61156-5:2020 – Multicore and symmetrical pair/quad cables for digital communications - Part 5: Symmetrical pair/quad cables with transmission characteristics up to 1 000 MHz - Horizontal floor wiring;

    2.1.31.IEC 61156-6:2020 – Multicore and symmetrical pair/quad cables for digital communications - Part 6: Symmetrical pair/quad cables with transmission characteristics up to 1 000 MHz - Work area wiring;

    2.1.32.ISO/IEC 11801-1:2017 – Generic cabling for customer premises;

    2.1.33.Lista de Referência de Produtos para Telecomunicações, aprovada pelo Ato nº 7280, de 26 de novembro de 2020.

    2.1.34.Procedimento operacional para marcação da identificação da homologação Anatel em produtos para telecomunicações, aprovado pelo ato nº 4088, de 31 de julho de 2020.

    2.1.35.Regulamento de avaliação da conformidade e de homologação de produtos para telecomunicações, aprovado pela resolução nº 715, de 23 de outubro de 2019.

    2.2.Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).


    3.DEFINIÇÕES

    3.1.Alongamento à ruptura da isolação: alongamento percentual medido no instante da ruptura da isolação.

    3.2.Alongamento à ruptura do condutor: alongamento percentual medido no instante da ruptura do condutor.

    3.3.Cabo para transmissão de dados: é aquele formado por condutores isolados, torcidos em pares com impedância nominal de 100 Ω e protegidos por um ou mais revestimentos (capa externa), podendo ser classificado como cabo horizontal, cabo flexível, cabo de manobra ou cabo de backbone. Pode possuir blindagem constituída de fita de alumínio ou aluminizada envolvendo cada par ou o núcleo do cabo, podendo esta blindagem ser constituída de malha de fios de cobre com ou sem fita de alumínio e um fio dreno de cobre estanhado deve fazer contato elétrico com a blindagem em fita ao longo do cabo.

    3.3.1.Cabo de manobra: é aquele de transmissão de dados flexível ou sólido, equipado com conectores RJ-45 nas duas extremidades, utilizado nas interligações de equipamentos de rede LAN (Local Access Network, Rede de Acesso Local), podendo ser:

    a) cabo de categorias 7, 7A e 8 com quatro pares; e

    b) cabo de categorias 5e a 6A com dois ou quatro pares e comprimento máximo de 30 m.

    3.3.1.1.Conforme a norma ANSI/TIA/EIA-568.2-D os cabos de manobra também são designados como patch cord, work cord, cross-connect jumper ou equipment cord.

    3.3.1.2.O cabo de manobra deve possuir revestimento externo (capa) com material retardante à chama e, conforme a categoria de cabeamento estruturado, pode ser formado por condutores flexíveis ou sólidos e ter blindagem ou não.

    3.3.2.Cabo flexível  (cord cable): cabo de transmissão de dados constituído por condutores de cobre eletrolítico flexíveis, isolados com material termoplástico, torcidos em pares com impedância nominal de 100 Ω, reunidos em um núcleo com dois ou quatro pares, protegido por uma cobertura termoplástica. Cabos flexíveis são utilizados na confecção de cabos de manobra. Também chamado de multifilar, com condutor composto por sete fios de cobre nu ou revestido, pertencente às categorias 5e a 8.

    3.3.3.Cabo horizontal: cabo de transmissão de dados constituído por condutores de cobre eletrolítico sólidos isolados com material termoplástico, torcidos em pares com impedância nominal de 100 Ω, reunidos em um núcleo, com dois ou quatro pares, protegido por uma cobertura termoplástica. Os cabos horizontais são utilizados na interligação dos diversos pontos da rede estruturada com a sala de equipamentos (data center). Também chamado de sólido ou unifilar, com condutor composto por um fio sólido de cobre nu ou revestido, pertencente às categorias 3 a 8, de bitola 22 a 28 AWG. Cabos do tipo cobre cladeado alumínio (CCA) não são permitidos.

    3.3.4.Este documento se aplica somente a cabos flexíveis ou sólidos, que podem ser utilizados nos cabos de manobra, de categorias 3, 5e, 6, 6A, 7, 7A e 8.

    3.4.Capacidade: quantidade de pares metálicos existentes no interior do cabo.

    3.5.Categoria 3: classe de cabo com banda passante de até 16 MHz.

    3.6.Categoria 5e: classe de cabo com banda passante de até 100 MHz.

    3.7.Categoria 6: classe de cabo com banda passante de até 250 MHz.

    3.8.Categoria 6A: classe de cabo com banda passante de até 500 MHz.

    3.9.Categoria 7 : classe de cabo com banda passante de até 600MHz.

    3.10.Categoria 7A : classe de cabo com banda passante de até 1000 MHz.

    3.11.Categoria 8: classe de cabo com banda passante de até 2000 MHz.

    3.12.Crosstalk: medida de mixagem de sinais entre pares dentro de um cabo.

    3.12.1.ACRF - Attenuation to Crosstalk Ratio, Far-End: diferença entre FEXT e a perda de inserção no par em questão. Basicamente mede a interferência sem efeitos da atenuação.

    3.12.2.Alien crosstalk: medida de acoplamento de sinal entre pares em cabos adjacentes.

    3.12.3.FEXT - Far-End Crosstalk: diferença da intensidade entre o sinal original de um par em uma extremidade e a interferência na outra extremidade do cabo causada por outro par. Ocorre no início da transmissão onde o sinal ainda é forte, por isso a degradação do sinal é quase imperceptível.

    3.12.4.NEXT - Near End Crosstalk: diferença da intensidade entre o sinal original de um par em uma extremidade e a interferência na mesma extremidade do cabo causada por outro par. Quanto maior o NEXT maior a intensidade do sinal original em relação à interferência.

    3.12.5.PSAACRF - Power Sum Attenuation to Alien Crosstalk Ratio, Far-End: soma de potências de ruído por telediafonia alien.

    3.12.6.PSACRF - Power Sum Attenuation to Crosstalk Ratio, Far-End: somatório do efeito ACRF de um par sobre os outros pares do cabo. Não é medido, e sim calculado.

    3.12.7.PSANEXT - Power Sum Alien Near End Crosstalk: soma de potências de ruído por paradiafonia alien.

    3.12.8.PSNEXT - Power Sum Near End Crosstalk: somatório do efeito NEXT de um par sobre os outros pares do cabo. Não é medido, e sim calculado.

    3.13.Desequilíbrio resistivo: variação percentual da resistência elétrica medida entre dois condutores componentes de um par.

    3.14.Família de cabos: conjunto de produtos com concepção de construção similar, possuindo designação genérica vinculada à sua aplicação ou instalação e que possua mesmo tipo de blindagem, mesma categoria de transmissão, mesma quantidade de pares e mesmo tipo de condutor.

    3.14.1.Grupo de famílias: conjunto de famílias de cabos que possuem em comum o tipo genérico de aplicação a que se destinam.

    3.15.Impedância: uma expressão da oposição que um componente eletrônico, um circuito ou um sistema oferece à corrente elétrica.

    3.16.Perda de inserção: atenuação em dB devido à diminuição progressiva de potência do sinal em sua propagação ao longo do comprimento do cabo.

    3.17.Perda por retorno: medida da taxa de potência refletida no sistema; quantidade de sinal que retorna provocando ruído no receptor devido à variação da impedância ao longo do cabo.

    3.18.Resistência à tração e alongamento à ruptura do revestimento externo: quociente da carga máxima observada na ruptura pela seção transversal inicial do revestimento e o alongamento percentual medido neste instante.

    3.19.Resistência ao intemperismo: avaliação da estabilidade à luz ultravioleta do revestimento externo do cabo, acompanhada pela variação do seu índice de fluidez ou da sua tração e alongamento.

    3.20.Resistência do isolamento: resistência elétrica medida entre duas partes condutoras separadas por materiais isolantes.

    3.21.Retardância à chama: característica intrínseca de desempenho do material que, sob condições de queima pré-determinadas, extingue a chama quando da retirada da fonte de calor.

    3.22.Tensão elétrica aplicada: tensão elétrica máxima que um dielétrico suporta sem alterações em sua estrutura molecular.

    3.23.Uso interno: definido como aplicação dos equipamentos em local protegido de intempéries e ação do ambiente externo.

    3.24.Uso externo: definido como aplicação aérea, em bandejas ou outros encaminhamentos não sujeitos a submersão.


    4.REQUISITOS TÉCNICOS DOS CABOS DE TRANSMISSÃO DE DADOS FLEXÍVEIS OU SÓLIDOS


    4.1.Requisitos Mínimos Gerais


    4.1.1.

    O cabo para transmissão de dados é utilizado nas interligações de rede de cabeamento estruturado (LAN - Local Area Network ou Rede de Acesso Local). É formado por condutores isolados, torcidos em pares e protegidos por um ou mais revestimentos (capa externa), podendo ter blindagem. Podem ser utilizados para confecção de cabos de manobra.


    4.1.2.

    Os cabos de transmissão de dados horizontais são utilizados na interligação dos diversos pontos da rede estruturada com a sala de equipamentos (data center), devendo possuir capacidade máxima de quatro pares balanceados com impedância nominal de 100 Ω, podendo ser de categorias 3, 5e, 6, 6A, 7, 7A ou 8.


    4.1.3.

    O cabo para transmissão de dados, independentemente de sua categoria, deve possuir marcação com tamanho e cor adequados a fim de garantir a legibilidade preferencialmente a olho nu, ou com visão corrigida em cabos com características construtivas que não a permitam, em cada metro do cabo.


    4.1.4.

    A marcação deve informar o nome ou marca do fabricante, a bitola do condutor, a designação (categoria), a classificação de desempenho frente à chama, código de lote de fabricação ou outro sistema que permita a rastreabilidade do produto e o código de homologação Anatel. É desejável que haja marcação sequencial de comprimento a cada metro.


    4.1.5.

    Os condutores que compõem os cabos de dados devem ser constituídos de cobre nu eletrolítico unifilar ou multifilar, de características físicas conforme a norma ABNT NBR 5111. Os condutores não podem ser constituídos de alumínio com revestimento de cobre (CCA).


    4.1.6.

    Os condutores que compõem os cabos flexíveis podem ter bitolas de 22 AWG a 28 AWG.


    4.1.7.

    Os condutores multifilares devem ser formados:

    4.1.7.1.por sete fios elementares de diâmetro nominal de 0,30 mm para condutores de bitola 22 AWG, por sete fios elementares de diâmetro nominal de 0,20 mm para condutores de bitola 24 AWG, por sete fios elementares de diâmetro nominal de 0,16 mm para condutores de bitola 26 AWG ou por sete fios elementares de diâmetro nominal de 0,12 para condutores de bitola 28 AWG, para os cabos de categorias 3 a 6A;

    4.1.7.2.por sete fios elementares de cobre recozido, dimensionados de forma a satisfazer os requisitos de resistência elétrica e atenuação, para os cabos de categorias 7 e 7A; e

    4.1.7.3.por sete fios elementares de diâmetro nominal de 0,30 mm para condutores de bitola 22 AWG, por sete fios elementares de diâmetro nominal de 0,20 mm para condutores de bitola 24 AWG e sete fios elementares de diâmetro nominal de 0,16 mm para condutores de bitola 26 AWG, para os cabos de categoria 8.


    4.1.8.

    Os condutores do cabo de transmissão de dados horizontal devem ser constituídos por um fio sólido de cobre eletrolítico, com diâmetro nominal entre 0,51 mm (24 AWG) e 0,65 mm (22 AWG). O diâmetro mínimo do condutor não pode ser inferior a 5% do diâmetro nominal.


    4.1.9.

    Todos os parâmetros do condutor unifilar não especificados neste documento devem estar conforme a norma ABNT NBR 5111.


    4.1.10.

    A superfície do condutor não pode apresentar fissuras, escamas, rebarbas, asperezas, estrias ou inclusões.


    4.1.11.

    O condutor não pode ter emendas.


    4.2.Requisitos dimensionais


    4.2.1.

    O diâmetro do condutor deve atender ao item 5.2.1 da norma IEC 61156-5 para cabos horizontais e ao item 5.2.1 da IEC 61156-6 para cabos flexíveis, quando verificado segundo a norma ABNT NBR NM-IEC 60811-1-1.


    4.2.2.

    Quando verificado segundo a norma ABNT NBR NM-IEC 60811-1-1, o diâmetro do condutor isolado não deve ser superior a:

    4.2.2.1.1,25 mm para cabos de categorias 3 a 7A; e

    4.2.2.2.1,64 mm para cabos de categoria 8.


    4.2.3.

    O diâmetro externo dos cabos de transmissão de dados não deve ser superior a 9,00 mm quando verificado conforme a norma ABNT NBR NM IEC 60811-1-1.


    4.2.4.

    O fio dreno deve estar em contato elétrico com a face metálica da fita laminada de blindagem e deve:

    4.2.4.1.ser de diâmetro mínimo 26AWG, de cobre estanhado para cabos de categoria 7 e 7A;

    4.2.4.2.estar de acordo com o item 5.3 da norma ANSI/TIA-568.2-D para cabos de categoria 3 a 6A e 8.


    4.2.5.

    Os pares dos cabos de transmissão de dados devem ser identificados, sequencialmente, conforme códigos de cores presentes  na tabela 1 ou na tabela 2.

     

    Tabela 1 – Código de cores para cabos de quatro pares

    Número do par

    Condutor "A"

    Condutor "B"

    Código de cores

    1

    Branca / Azul

    Azul

    B/Az - Az

    2

    Branca / Laranja

    Laranja

    B/L - L

    3

    Branca / Verde

    Verde

    B/V - V

    4

    Branca / Marrom

    Marrom

    B/M - M

    NOTA: A segunda cor do condutor “A” é identificada através de listras longitudinais ou anéis espaçados a uma distância máxima de 25 mm. Para cabos onde todos os pares apresentem passos de torcimento menores que 38 mm, o uso de listras ou anéis é opcional.

     

    Tabela 2 – Código de cores para cabos de quatro pares (opcional)

    Número do par

    Condutor "A"

    Condutor "B"

    Código de cores

    1

    Azul claro

    Azul

    AzCl - Az

    2

    Branca

    Laranja

    B - L

    3

    Verde claro

    Verde

    VCl - V

    4

    Marrom claro

    Marrom

    MCl - M

     


    4.3.Requisitos mecânicos


    4.3.1.

    O alongamento à ruptura dos condutores, medido conforme ABNT NBR 6810, deve ser de, no mínimo, 8%.


    4.3.2.

    O alongamento à ruptura da isolação do condutor, medido conforme norma ABNT NBR 9141, deve ser de, no mínimo, de 100%.


    4.3.3.

    O cabo de transmissão de dados deve suportar o dobramento a frio com raio de curvatura igual a oito vezes seu diâmetro externo, à temperatura de -20°C, executado conforme a norma ASTM D4565 sem apresentar ruptura na capa externa ou isolamento do condutor.


    4.3.4.

    Quando ensaiado conforme a norma ABNT NBR 9141, a carga de ruptura do cabo de transmissão de dados de quatro pares deve ser de, no mínimo, 400 N. Para cabos com dois pares a carga de ruptura deve ser de, no mínimo, 200 N.


    4.3.5.

    Quando o cabo de transmissão de dados for ensaiado segundo a norma ABNT NBR 9141, o material original da capa externa deve atender aos valores especificados na tabela 3 quanto à resistência à tração e alongamento à ruptura de seu material. Quando houver duas capas, as duas devem ser ensaiadas.

    Tabela 3  – Resistência à tração e alongamento à ruptura do material de capa

    Material

    Descrição do material

    Alongamento mínimo [%]

    Resistência à tração mínima [MPa]

    FEP

    Etileno-polipropileno fluoretizado

    200

    17,2

    FRPE

    PE (polietileno) retardante à chama

    100

    8,3

    PEAD

    PE (polietileno) de alta densidade

    300

    16,5

    PEBD

    PE (polietileno) de baixa densidade

    350

    9,7

    ETFE

    Etileno-tetrafluoretileno

    100

    34,5

    PVC

    Policloreto de vinila

    125

    12,0

    SRPVC

    PVC semirrígido

    100

    20,7

    PTFE

    Politetrafluoretileno

    175

    27,6

    EVA

    Etileno vinil acetato

    100

    8,3

    PU

    Poliuretano

    300

    10,0

     


    4.3.6.

    Quando o cabo de transmissão de dados for ensaiado segundo as normas ABNT NBR 9141 e ABNT NBR 9148, o material da capa externa deve atender aos valores especificados na tabela 4 quanto à retenção da tração e do alongamento de seu material envelhecido. Quando houver duas capas, as duas devem ser ensaiadas.

     

    Tabela 4 – Retenção da tração e do alongamento do material da capa envelhecido

    Classe

    Material

    Tempo

    Temperatura

    Retenção do original [%]

    [°C]

     

    [h]

    [°C]

    Alongamento

    Resistência à tração

    75

    FRPE

    PEAD

    PEBD

    EVA

    PU

    48

    100

    75

    75

    75

    PVC

    SRPVC

    168

    168

    100

    113

    60

    70

    80

    70

    90

    PVC

    SRPVC

    168

    168

    121

    121

    50

    70

    85

    70

    90

    EVA

    168

    100

    75

    80

    105

    PVC

    SRPVC

    168

    168

    136

    136

    50

    70

    85

    70

    150

    ETFE

    168

    180

    75

    85

    200

    FEP

    168

    232

    75

    75

    250

    PTFE

    1440

    260

    85

    85

     


    4.3.7.

    Os cabos flexíveis blindados de categorias 3 a 8 devem atender ao requisito de vida útil após 500 ciclos de flexão estabelecido no item 5.5.2 da norma ANSI/TIA-568.2-D.


    4.4.Comportamento frente à chama

    4.4.1.A classificação dos cabos de transmissão de dados indicados para uso em ambientes internos (indoor) deve ser comprovada através dos ensaios correspondentes à sua indicação conforme estabelecido na norma ABNT NBR 14705.


    4.5.Requisitos do cabo de uso externo

    4.5.1.O cabo de transmissão de dados indicado para uso em ambientes externos deve ser submetido ao ensaio de intemperismo de acordo com o ciclo 1 da  norma ASTM G155 durante 720 horas.

    4.5.1.1.Após o ensaio, devem ser verificados o alongamento à ruptura e a resistência à tração do revestimento externo conforme a norma NBR 9141. Os valores obtidos não devem diferir em mais de 25% dos valores originais do revestimento externo.

    4.5.1.2.Opcionalmente, para cabos com capa de PE ou PVC de cor preta, o ensaio de resistência ao intemperismo pode ser substituído pelo ensaio de coeficiente de absorção UV do item 4.5.2 abaixo.

    4.5.2.Os cabos de uso externo com capa de PE ou de PVC de cor preta, quando submetidos ao ensaio de coeficiente de absorção UV segundo a norma ASTM D 3349, devem apresentar, no mínimo, 2800 absorções/cm para PVC e, no mínimo, 4000 absorções/cm para PE.


    4.6.Requisitos de transmissão


    4.6.1.

    Os equipamentos e setups de testes utilizados para verificação dos requisitos de transmissão devem atender:

    4.6.1.1.ao disposto no anexo C ou D da norma ANSI/TIA-568.2-D para as categorias 3, 5e, 6, 6A e 8;

    4.6.1.2.ao disposto no item 6.3 da norma IEC 61156-1 e seus adendos (vide referências normativas) para as categorias 7 e 7A, sendo opcional o uso de um equipamento conforme o anexo C da norma ANSI/TIA-568.2-D, desde que atenda o referido anexo até as frequências máximas da presente norma.


    4.6.2.Perda por retorno

    4.6.2.1.Quando ensaiados conforme o estabelecido no item 6.1.1 da norma ANSI/TIA- 568-2 D, os cabos de transmissão de dados de categoria 8 devem atender ao disposto no item 6.6.7 da norma ANSI/TIA-568.2-D.

    4.6.2.2.Quando ensaiados conforme o estabelecido no item 6.6.7 da norma ANSI/TIA 568.2-D para os cabos de transmissão de dados de categorias 3 a 6A e 8 ou item 5.1.9 da norma ABNT NBR 14703 para os cabos de categoria 3 a 6A.

    4.6.2.3.Quando ensaiados, perda de retorno estrutural, conforme o estabelecido no item 6.6.6 da norma ANSI/TIA 568.2-D, os cabos de transmissão de dados de categoria 3 devem atender ao referido item da ANSI/TIA 568.2-D ou item 5.1.8 da norma ABNT NBR 14703.

    4.6.2.4.Os valores em módulo de perda de retorno obtidos nos cabos com condutores flexíveis com um comprimento de 100 metros de categorias 5e, 6 e 6A não devem ser inferiores aos valores calculados através das equações estabelecidas no item 6.11.1 da norma ANSI/TIA 568.2-D ou item 5.1.9 da norma ABNT NBR 14703.

    4.6.2.5.Os cabos horizontais de categorias 7 e 7A  devem atender ao disposto no item 6.3.11 da norma IEC 61156-5, os flexíveis das mesmas categorias ao disposto no item 6.3.11 da norma IEC 61156-6.


    4.6.3.Perda por inserção

    4.6.3.1.Os valores de perda de inserção obtidos nos cabos de transmissão de dados de categoria 8, nas temperaturas de 20°C, 40°C e 60°C, não devem ser superiores ao estabelecido no item 6.8.4 da norma ANSI/TIA-568.2-D.

    4.6.3.2.Os valores de perda de inserção obtidos nos cabos de transmissão de dados de categorias 7 e 7A, nas temperaturas de 20°C, 40°C e 60°C, devem atender ao estabelecido nos item 6.3.3 da norma IEC 61156-5.

    4.6.3.3.Os cabos de transmissão de dados de categorias 3 a 6A, quando ensaiados às temperaturas de 20°C, 40°C e 60°C, não devem apresentar valores de perda de inserção superiores ao estabelecido no item 6.8.3, tabela 107, da norma ANSI/TIA-568.2-D ou 5.1.10 da norma ABNT NBR 14703. Observar equações na tabela 5 onde é aplicado o fator de correção de-rating definido na tabela 110 da norma ANSI/TIA-568.2-D que deve ser de 1.2 para cabos de bitola até 24 AWG e de 1.5 para cabos de bitola 26 AWG.

     

    Tabela 5 – Perdas de inserção máxima (condutores multifilares de bitolas 24 e 26 AWG)

    Categoria

    frequências [MHz]

    Perda de inserção máxima [db/100 m a 20°C]

    3 0,772 ≤ f ≤ 16

    5e

    1 ≤ f ≤ 100

    6

    1 ≤ f ≤ 100

    6A

    1 ≤ f ≤ 100

    NOTA: FDR é o fator de correção de-rating que deve ser 1,2 para cabos de bitola até 24 AWG e 1.5 para cabos de bitola 26 AWG

     

    4.6.3.4Os cabos flexíveis de categorias 5e a 6A de condutores multifilares de bitola 28 AWG, quando ensaiados a 20°C e com comprimento de 100 metros, não devem apresentar valores de perda de inserção superiores ao estabelecido na tabela 6.

     

    Tabela 6 – Perdas de inserção máxima (condutores multifilares de bitola 28 AWG)

    AWG)

    Categoria

    frequências [MHz]

    Perda de inserção máxima [db/100 m a 20°C]

    5e

    1 ≤ f ≤ 100

    6

    1 ≤ f ≤ 100

    6A

    1 ≤ f ≤ 100

    NOTA: não é previsto cabo flexível de categoria 3 de condutor multifilar de bitola 28 AWG 

     


    4.6.4.

    Os valores de NEXT obtidos nos cabos de transmissão de dados não devem ser inferiores:

    4.6.4.1.ao valor estabelecido no item 6.6.9 da norma ANSI/TIA-568.2-D quando cabos de transmissão de dados categoria 8 forem ensaiados conforme o estabelecido no item 6.1.3 da norma ANSI/TIA-568.2-D;

    4.6.4.2.ao valor estabelecido no item 6.3.5 da norma IEC 61156-5 para os cabos horizontais de categorias 7 e 7A e no item 6.3.5 da norma IEC 61156-6 para os cabos flexíveis das mesmas categorias; e

    4.6.4.3.aos valores estabelecidos no item 6.6.9 da norma ANSI/TIA-568.2-D ou item 5.1.11 da norma ABNT NBR 14703 para os cabos de categorias 3 a 6A.


    4.6.5.

    Os valores de PSNEXT obtidos nos cabos de transmissão de dados:

    4.6.5.1.não devem ser inferiores ao valor estabelecido no item 6.6.10 da norma ANSI/TIA-568.2-D quando cabos de transmissão de dados categorias 3 a 6A e 8 forem ensaiados conforme o estabelecido no item 6.1.4 da norma ANSI/TIA-568.2-D;

    4.6.5.2.devem atender ao estabelecido no item 6.3.5 da norma IEC 61156-5 para os cabos horizontais de categorias 7 e 7A e no item 6.3.5 da norma IEC 61156-6 para os cabos flexíveis das mesmas categorias.


    4.6.6.

    Os valores de ACRF obtidos nos cabos de transmissão de dados não devem ser inferiores:

    4.6.6.1.ao estabelecido no item 6.6.12 da norma ANSI/TIA-568.2-D quando cabos de transmissão de dados de categorias 5e a 6A e 8 forem ensaiados conforme o estabelecido no item 6.1.6 da norma ANSI/TIA-568.2-D;

    4.6.6.2.ao estabelecido no item 6.3.6 da norma IEC 61156-5 para os cabos horizontais de categorias 7 e 7A e no item 6.3.6 da norma IEC 61156-6 para os cabos flexíveis das mesmas categorias.


    4.6.7.

    Os valores de PSACRF obtidos nos cabos de transmissão de dados não devem ser inferiores:

    4.6.7.1.ao estabelecido no item 6.6.14 da norma ANSI/TIA-568.2-D para os cabos de categorias 5e a 6A e 8 quando calculados conforme o estabelecido no item 6.1.7 da norma ANSI/TIA-568.2-D;

    4.6.7.2.ao estabelecido no item 6.3.6 da norma IEC 61156-5 para os cabos horizontais de categorias 7 e 7A e no item 6.3.6 da norma IEC 61156-6 para os cabos flexíveis das mesmas categorias.


    4.6.8.

    Os valores de TCL obtidos nos cabos de transmissão de dados não devem ser inferiores:

    4.6.8.1.ao estabelecido no item 6.6.15 da norma ANSI/TIA-568.2-D para os cabos de categorias 6, 6A e 8;

    4.6.8.2.ao estabelecido no item 6.3.4 da norma IEC 61156-5 para os cabos horizontais de categorias 7 e 7A e no item 6.3.4 da norma IEC 61156-6 para os cabos flexíveis das mesmas categorias; e

    4.6.8.3.ao estabelecido no item 6.4.14 da norma ANSI/TIA-568.2-D ou item 5.1.18 da norma ABNT NBR 14703 para os cabos com blindagem de categorias 6 e 6A, exceto os x/FTP, sendo que para estes, blindados individualmente, o valor obtido em módulo de TCL medido de 1 até 250 MHz deve ser maior ou igual a 40 - 15 log(f) dB, ressaltando que valores de TCL não são especificados para cabo de categorias 3 e 5e.


    4.6.9.

    Os valores de ELTCTL obtidos nos cabos de transmissão de dados não devem ser inferiores:

    4.6.9.1.ao estabelecido no item 6.6.17 da norma ANSI/TIA-568.2-D para os cabos de categoria 8;

    4.6.9.2.ao estabelecido no item 6.3.4 da norma IEC 61156-5 para os cabos horizontais de categorias 7 e 7A, sendo necessário que o fabricante informe qual é o nível da blindagem (1 a 4) para a definição do requisito, e no item 6.3.4 da norma IEC 61156-6 para os cabos flexíveis das mesmas categorias; e

    4.6.9.3.ao estabelecido no item 5.1.18 da norma ABNT NBR 14703 para cabos de categorias 6 e 6A, ressaltando que valores de ELTCTL não são  especificados para cabo de categorias 3 e 5e.


    4.6.10.

    Os valores de atraso de propagação obtidos nos cabos de transmissão de dados não devem ser superiores:

    4.6.10.1.ao estabelecido no item 6.6.20 da norma ANSI/TIA-568.2-D para os cabos de categoria 8;

    4.6.10.2.ao estabelecido no item 6.3.2 da norma IEC 61156-5 para os cabos horizontais de categorias 7 e 7A e no item 6.3.2.1 da norma IEC 61156-6 para os cabos flexíveis das mesmas categorias; e

    4.6.10.3.ao estabelecido no item 6.6.19 da norma ANSI/TIA-568.2-D ou item 5.1.15 da norma ABNT NBR 14703 para os cabos de categorias 3 a 6A.


    4.6.11.

    A diferença entre os atrasos de propagação obtidos nos cabos de transmissão de dados não deve ser superior:

    4.6.11.1.ao estabelecido no item 6.6.22 da norma ANSI/TIA-568.2-D  às temperaturas de 20°C, 40°C e 60°C para os cabos de categoria 8;

    4.6.11.2.ao estabelecido no item 6.3.2.1 da norma IEC 61156-5 para os cabos horizontais de categorias 7 e 7A e no item 6.3.2.2 da norma IEC 61156-6 para os cabos flexíveis das mesmas categorias; e

    4.6.11.3.ao estabelecido no item 6.6.21 da norma ANSI/TIA-568.2-D ou item 5.1.16 da norma ABNT NBR 14703 às temperaturas de 20°C, 40°C e 60°C para os cabos de categorias 3 a 6A.


    4.6.12.

    Os valores de PSANEXT obtidos nos cabos de transmissão de dados não devem ser inferiores:

    4.6.12.1.ao estabelecido no item 6.6.25 da norma ANSI/TIA-568.2-D para os cabos de categorias 3 a 6A e 8; ou

    4.6.12.2.ao estabelecido no item 5.1.21 da norma ABNT NBR 14703 para os cabos de categorias 3, 5e, 6, 7 e 7A.


    4.6.13.

    Os valores de PSAACRF obtidos nos cabos de transmissão de dados não devem ser inferiores:

    4.6.13.1.ao estabelecido no item 6.6.30 da norma ANSI/TIA-568.2-D para os cabos de categoria 8; e

    4.6.13.2.ao estabelecido no item 6.6.29 da norma ANSI/TIA-568.2-D ou item 5.1.22 da norma ABNT NBR 14703 para os cabos de categorias 6A , 7 e 7A, ressaltando que PSAACRF não é especificado para cabo de categorias 3, 5e e 6.


    4.7.Requisitos de Parâmetros Primários


    4.7.1.

    O valor da resistência elétrica dos condutores do cabo de transmissão de dados, medido em corrente contínua, não deve ser superior:

    4.7.1.1.ao estabelecido no item 6.6.1 da norma ANSI/TIA-568.2-D para os cabos de categorias 3 a 6A e 8;

    4.7.1.2.ao estabelecido no item 6.2.1 da norma IEC 61156-5 para os cabos horizontais de categorias 7 e 7A e no item 6.2.1 da norma IEC 61156-6 para os cabos flexíveis das mesmas categorias, quando referida a 20°C conforme norma ABNT NBR 6814; e

    4.7.1.3.ao estabelecido no item 5.1.1 da norma ABNT NBR 14703 para os cabos de categorias 3 a 6A com condutores de bitola até 26 AWG, e 23 Ω/100 metros à temperatura de 20°C para condutores de bitola 28 AWG.


    4.7.2.

    O desequilíbrio resistivo dos pares do cabo de transmissão de dados não deve ser superior:

    4.7.2.1.ao estabelecido no item 6.6.2 da norma ANSI/TIA-568.2-D para os cabos de categorias 3a 6A e 8;

    4.7.2.2.ao estabelecido no item 6.2.2.1 da norma IEC 61156-5 para os cabos horizontais de categorias 7 e 7A e no item 6.2.2.1 da norma IEC 61156-6 para os cabos flexíveis das mesmas categorias, medido conforme norma ABNT NBR 9130; e

    4.7.2.3.ao estabelecido no item 5.1.2 da norma ABNT NBR 14703 para os cabos de categorias 3 a 6A.


    4.7.3.

    O desequilíbrio capacitivo par terra do cabo de transmissão de dados com blindagem não deve ser superior:

    4.7.3.1.ao especificado no item 6.6.5 da norma ANSI/TIA-568.2-D para os cabos de categorias 3 a 6A e 8;

    4.7.3.2.ao especificado no item 6.2.6 da norma IEC 61156-5 para os cabos horizontais de categorias 7 e 7A e no item 6.2.6 da norma IEC 61156-6 para os cabos flexíveis das mesmas categorias, medido conforme norma ABNT NBR 9138; e

    4.7.3.3.ao especificado no item 5.1.6 da norma ABNT NBR 14703  para os cabos de categorias 3 a 6A.


    4.7.4.

    O desequilíbrio resistivo em corrente contínua par x par do cabo de transmissão de dados de categoria 8 não deve ser superior ao estabelecido no item 6.6.3 da norma ANSI/TIA-568.2-D.


    4.7.5.

    O isolamento entre os condutores do cabo de transmissão de dados deve suportar a tensão elétrica aplicada conforme estabelecido no item 5.1.3 da norma ABNT NBR 14703.


    4.7.6.

    O isolamento dos condutores do cabo de transmissão de dados com blindagem de categorias 3 a 6A deve suportar a tensão elétrica aplicada conforme estabelecido no item 5.3.10 da norma ANSI/TIA-568.2-D.


    4.7.7.

    O valor da resistência de isolamento obtida em cada condutor deve atender ao estabelecido no item 5.14 da norma ABNT NBR 14703.


    5.DA IDENTIFICAÇÃO DA HOMOLOGAÇÃO

    5.1.A marcação do selo ANATEL e a identificação do código de homologação devem ser apresentadas na embalagem externa do produto, em conformidade com a regulamentação vigente. Também podem ser utilizados, opcionalmente, meios de impressão gráfica nos catálogos dos produtos ou na documentação técnica pertinente.

    5.2.Adicionalmente, conforme o procedimento operacional para marcação da identificação da homologação Anatel em produtos para telecomunicações, anexo ao ato nº 4088​, de 31 de julho de 2020, deve ser impressa de forma legível na capa externa dos cabos, ao longo do seu comprimento, a identificação alfanumérica da homologação do produto, em uma das seguintes formas:

    a) ANATEL HHHHH-AA-FFFFF; ou

    b) ANATEL: HHHHH-AA-FFFFF.

    Onde:

    HHHHH – identifica a homologação do produto por meio de numeração sequencial com 5 (cinco) caracteres;

    AA – identifica o ano de emissão da homologação com 2 (dois) caracteres numéricos;

    FFFFF – identifica o fabricante do produto com 5 (cinco) caracteres alfanuméricos.


    6.DISPOSIÇÕES FINAIS


    6.1.

    O cabo deve ser classificado e designado quanto à blindagem conforme o anexo E da norma ISO/IEC 11801-1:2017.

    6.1.1.A figura 1 apresenta o esquemático de classificação e as definições.

    6.1.2.As figuras 2, 3 e 4 demonstram exemplos de construção de cabos quanto à blindagem.


    6.2.

    A designação do cabo deve ser fornecida pelo fabricante e deve constar no relatório de ensaios do laboratório e no certificado de conformidade do OCD.


    6.3.

    Os requisitos aplicáveis para certificação de cada família de cabo estão definidos conforme o tipo de blindagem dos cabos, sua categoria, quantidade de pares e sua aplicação:

    6.3.1.Cabo com blindagem: cabo com qualquer tipo de blindagem (fita ou trança) ao redor do par trançado ou do núcleo de pares trançados.

    6.3.1.1.Exemplo de cabo com blindagem: cabo F/UTP (foil screened twisted pair).

    6.3.2.Cabo sem blindagem: cabo sem qualquer tipo blindagem ao redor do par trançado ou do núcleo de pares trançados.

    6.3.2.1.Exemplo de cabo sem blindagem: cabo U/UTP (unshielded twisted-pair).


    6.4.

    Os ensaios de certificação realizados em uma amostra de cabo com blindagem não são válidos para outro cabo com a classificação de blindagem distinta, por exemplo:

    6.4.1.Os ensaios realizados em um cabo S/UTP não são válidos para um cabo SF/UTP;

    6.4.2.Os ensaios realizados em um cabo U/FTP não são válidos para um cabo F/FTP;

    6.4.3.Os ensaios realizados em um cabo SF/FTP não são válidos para um cabo S/FTP;

    6.4.4.Os ensaios realizados em um cabo SF/FTP não são válidos para um cabo F/FTP.


    6.5.

    Para efeito de certificação os ensaios realizados em uma amostra de cabo para aplicação em uso interno são válidos para o cabo destinado ao uso externo com as mesmas características construtivas (categoria de cabeamento, classificação de blindagem e quantidade de pares) desde que o interessado apresente duas amostras do mesmo cabo:

    6.5.1.Uma amostra com revestimento para aplicação em uso interno, que deve ser submetida a todos os ensaios;

    6.5.2.Uma amostra com revestimento para aplicação em uso externo, que deve ser submetida aos ensaios do revestimento externo: alongamento à ruptura e resistência à tração (original e após envelhecimento), diâmetro externo do cabo e coeficiente de absorção ou intemperismo.


    6.6.

    Para efeito de certificação, caso um determinado cabo possua revestimento externo de cores distintas para aplicação em uso interno, o interessado deve declarar formalmente que o material base sem corante utilizado na fabricação da amostra submetida a ensaio será mantido, assim como suas características frente à chama.


    6.7.

    Para efeito de certificação, os ensaios realizados em uma amostra de cabo para aplicação em uso externo são válidos para o cabo destinado ao uso interno com as mesmas características construtivas (categoria de cabeamento, classificação de blindagem e quantidade de pares) desde que o interessado apresente duas amostras do mesmo cabo:

    6.7.1.Uma amostra com revestimento para aplicação em uso externo, que deve ser submetida a todos os ensaios;

    6.7.2.Uma amostra com revestimento para aplicação em uso interno, que deve ser submetida aos ensaios do revestimento externo: alongamento à ruptura e resistência à tração (original e após envelhecimento), diâmetro externo do cabo e retardância à chama.


    6.8.

    Para efeito de certificação, caso um determinado cabo possua revestimento externo de cores distintas, excetuando a cor preta, para aplicação em uso externo, o interessado deve declarar formalmente que o material base sem corante utilizado na fabricação da amostra submetida a ensaio será mantido, assim como suas características frente ao intemperismo. Os cabos com revestimento externo de cor preta devem ser submetidos ao ensaio de coeficiente de absorção.


    6.9.

    É permitido apresentar para certificação um cabo com um único revestimento externo para uso interno e uso externo desde que o interessado apresente uma amostra do cabo para ser submetida a todos os ensaios exigidos para aplicação em ambas aplicações.


    6.10.

    O cabo para aplicação em uso externo deve possuir condutores unifilares e revestimento externo (capa) resistente a UV. O cabo pode possuir blindagem ou não.


    6.11.

    O cabo para aplicação em uso interno deve possuir revestimento externo (capa) com material retardante à chama. Os condutores podem ser sólidos ou flexíveis e o cabo pode possuir blindagem ou não.


    6.12.

    O cabo para aplicação em uso externo e interno, mesmo que parcial, deve possuir condutores sólidos e revestimento externo (capa) com material retardante à chama e resistente a UV ou intemperismo.


    6.13.

    A amostra de cabo a ser submetida aos ensaios de transmissão para avaliação da conformidade deve possuir 100 metros de comprimento. Para ensaios de queima, dependendo da categoria, será especificado a quantidade adicional necessária.

     

    Figura 1 – esquemático de classificação e definições.

     

    Figura 2 – construção de cabo S/FTP: cabo com blindagem composta por uma trança de fios metálicos sobreposta ao núcleo com pares trançados blindados individualmente por uma fita laminada de metal.

     

    Figura 3 – construção de cabo U/UTP: cabo sem blindagem no núcleo e nos pares e F/UTP: cabo com blindagem composta por uma fita laminada de metal sobreposta ao núcleo e sem blindagem nos pares.

     

    Figura 4 – construção de cabo U/FTP: cabo sem blindagem no núcleo e com pares trançados blindados individualmente por uma fita laminada de metal e SF/UTP: cabo com blindagem composta por uma trança de fios metálicos sobreposta à fita laminada de metal e esta, por sua vez, sobreposta ao núcleo e sem blindagem nos pares.